terça-feira, 1 de julho de 2025

Escudo do Criciúma vira marca de empresa e estampa carros na Nova Zelândia.

Mesmo sendo um time semiprofissional da Nova Zelândia, o Auckland City chamou a atenção recentemente ao empatar com o Boca Juniors na Copa do Mundo de Clubes da FIFA. Mas a relação entre a cidade neozelandesa e o futebol brasileiro vai além dos gramados: há 14 anos, moradores de Auckland veem pelas ruas o escudo do Criciúma Esporte Clube estampado em diversos carros.

O responsável pela homenagem é Clodoaldo Tiscoski, natural de Criciúma e morador de Auckland há 24 anos. Em 2011, ele fundou a Tiscoski Renovation LTD, empresa especializada em construção e reformas de casas, hotéis e estabelecimentos comerciais. Como forma de manter viva a ligação com suas raízes, Clodoaldo escolheu o escudo do clube catarinense como logotipo da empresa.

O símbolo está presente na frota de sete veículos comerciais e também nos uniformes da equipe, que seguem a mesma paleta de amarelo do time brasileiro. Segundo Clodoaldo, a identidade visual se consolidou após um episódio em que o logotipo original da empresa foi copiado por uma concorrente local. “Agora eu registrei o logotipo. Isso impede outra empresa daqui de cloná-lo”, explicou, em entrevista ao portal UOL Carros. Com o tempo, a referência ao clube brasileiro passou a ser desconhecida para muitos moradores da Nova Zelândia. Para os neozelandeses, o escudo amarelo se tornou sinônimo da empresa de reformas. Ainda assim, momentos de reconhecimento acontecem.

Procurado pelo Passarinho Arrepiado, o Criciúma Esporte Clube confirmou que já tinha conhecimento da homenagem e afirmou não ver problema no uso comercial do símbolo fora do Brasil. Um porta-voz do clube ainda lembrou que o próprio escudo tem origem curiosa: os quatro trapézios que o compõem foram criados pelo arquiteto Manoel Coelho, também criciumense, para o centenário da cidade, nos anos 1970. O desenho foi adotado pela prefeitura e depois incorporado ao emblema do clube, tornando-se um símbolo visto não só em Criciúma, mas também do outro lado do mundo.

Via Sul Agora(site TN SUL)