Foi tudo diferente! O Criciúma jogou como raras vezes este ano e, de forma surpreendente, mostrou alto grau de comprometimento, muito espírito de luta e extrema disciplina tática! Contra o São Paulo,pela Copa Sul Americana, jogo de ida, o Criciúma conseguiu uma vitória com futebol de bom nível e consistente. Fez 2 a 1 e poderia ter sido mais! O que mais me chamou a atenção foi, justamente, a forma diferente de como os jogadores se comportaram e o empenho para poder cumprir o que foi combinado com o treinador interino Wílson Vaterkemper. Em determinados momentos da partida, o São Paulo até teve mais posse de bola. Mas o sistema de marcação do Criciúma foi bastante eficiente e impediu melhor aproveitamento do adversário. Outro “dedo” de Wílson se notou no posicionamento de Paulo Báier. O “velhinho” jogou como centroavante, foi menos exigido fisicamente e acabou rendendo mais! Individualmente...Bruno, com pouco trabalho, teve tranqüilidade para comandar, lá de trás, o sistema defensivo. Nota 7. Luís Felipe, o lateral estreante, demonstrou um pouco de nervosismo no começo do jogo...as vezes até inseguro, mas depois melhorou seu rendimento. Nota 6. Outro que vestiu a camisa do Criciúma pela primeira vez, o zagueiro Alcides, com a responsabilidade de marcar o bom Alexandre Pato, deu conta do recado. Não se intimidou e pode voltar a ter novo aproveitamento. Nota 7. Ronaldo Alves...as vezes parecia estar assustado com a presença do ataque sãopaulino rondando a área do Criciúma no 1º tempo. No 2º, melhorou e voltou a ter confiança. Nota 6. Giovânni, a seu estilo, marcou mais do que atacou. Dentro de suas limitações...fez o “feijão com arroz”! Nota 6. Serginho voltou a jogar bem. Esteve mais tranqüilo e solto. Merece 7. João Vítor, novamente, foi o “cara” do Criciúma! Continua marcando e jogando em alto nível. Nota 8. Por sua vez, Wéllington Bruno esteve meio que sumido do jogo. Não acompanhou o ritmo dos demais, embora não tenha comprometido tanto assim. Nota 5. Lucca “ressuscitou”! Seu futebol lembrou um pouco o que ele mesmo fez em 2.012. Muito bem...nota 8. Silvinho, desta feita, correu, se movimentou e procurou muito o gol adversário, tendo parceria de Báier e Lucca. Nota 7. Sobre Paulo Báier, atuando mais a frente, rendeu melhor. Nota 8. Foram usados, ainda, Rafael Costa, Maurinho e Michael. Os dois primeiros tiveram tempo suficiente para apresentar algo. Nota 6 pra ambos.
Merece observação, ainda, o trabalho disposto em campo pelo time...fruto dos poucos treinos que foram comandados pelo Wilsão. Ficamos com o sentimento de que, antes, havia algo errado! As coisas não se encaixaram com Wágner Lopes e...assim, como que num toque de mágica, tudo passou a funcionar?! A realidade, entretanto, não é esta! Minha conclusão, num primeiro momento, é que a maioria dos atletas não assimilava as idéias do técnico anterior...ou talvez nem quisesse assimilar! E...pra mim, não há divisão no grupo. Wilson Vaterkemper vai comandar a equipe, outra vez, contra o Sport. O mesmo estilo de jogo e, caso consiga repetir atitudes e conduta...pode conquistar bom resultado na Ilha do Retiro!