sexta-feira, 24 de abril de 2020

Os dois lados da moeda...!

É necessário ter discernimento e bom senso pra afirmar que se deve ficar em casa ou sair pra trabalhar, seja em que atividade for!! Caramba...não é nada fácil se colocar no lugar de um e de outro!! Afinal, o mais correto seria a manutenção do isolamento social para prevenir, o máximo possível, a progressão da pandemia do Coronavírus. Alguns países, ditos como de "1º mundo", possuem condições estruturais e financeiras pra bancar o cidadão em casa!! Mas, isso está muito distante da nossa realidade!! Estamos no Brasil, país continental com diferentes costumes entre seus mais de 220 milhões de habitantes!! Ora bolas...o que é viável, indicado e bom pra população aqui em Santa Catarina pode não ser na Bahia, no Pará, no Amazonas ou em Goiás!! 
O vírus da Covid-19, por exemplo, está causando caos em Fortaleza, Manaus e Recife. Nos grandes centros, aqueles mais populosos como São Paulo e Rio, as preocupações aumentam dia após dia!! E, como proceder diante de tantas incertezas e insegurança física/emocional ?? Afinal, é algo absolutamente inusitado, pois nós nunca havíamos nos deparado com uma situação sequer parecida!! Acredito, contudo, que confiar em Deus, acima de tudo e de todos, juntamente com a valiosa contribuição dos profissionais da área médica, é o caminho mais adequado!! No entanto, como subsidiar tudo isso?? Não temos estrutura hospitalar na rede pública em nenhum lugar do País, pra atender de forma conveniente, todas as pessoas infectadas!! E olha que ainda podemos contar com o Sistema Único de Saúde, mesmo que lento e deficitário!! Até porque, é o que temos!! 
Importante frisar que, na questão econômica, TODOS estão sendo afetados!! Empregado e patrão, em todos os setores, vem sofrendo bastante as consequências!! O comerciante quer abrir seu estabelecimento, os mesmos ocorrem com donos de restaurantes, bares e similares, mais shoppings e outros vários segmentos pretendendo retornar à dita normalidade!! Mas, e a segurança para tal?? Quem garante que aglomerar ou as inevitáveis aproximações entre pessoas não vai influenciar, negativamente, na atual conjuntura que envolve o Coronavírus?? De outro modo, o retorno ao trabalho não tivesse sido autorizado pelo Governador Carlos Moisés, quem pagaria as contas de empresas, principalmente, aquelas de menor porte?? São perguntas que ficam "no ar", sem certeza de qualquer resposta convincente!!

terça-feira, 21 de abril de 2020

F. C. F. enviou solicitação ao Governo do Estado pra que Campeonato Catarinense possa ter continuidade.

Toda a documentação tem 38 páginas!! Li todas e repasso, aqui neste espaço, o que mais me chamou atenção. Claro que o objetivo é retomar as disputas do Campeonato Catarinense de 2.020 o mais breve possível, seguindo uma série de medidas de segurança, obrigatórias, em razão do Coronavírus. Assinam toda a documentação, o Presidente da Federação Cat. De Futebol, Rubens Angelotti; o Presidente da Associação de Clubes, Fco. José Battistótti; e, o médico do Avaí, Dr. Luís Fernando Funchal. Tudo é muito bem explicado, detalhado e com várias precauções previstas. Todo o trabalho tem a coordenação de Claudio Gomes, CEO da Associação de Clubes. Confira:
GOVERNO DO ESTADO DE SANTA CATARINA SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE CENTRO DE OPERAÇÕES DE EMERGÊNCIA EM SAÚDE SR. GOVERNADOR DO ESTADO DE SANTA CATARINA

O presente requerimento é direcionado a este Centro de Operações de Emergência, com fulcro no art. 6º do Decreto 515/2020¹ do Governo do Estado de Santa Catarina, diante da competência fixada pelo Governo do Estado para tratar das “situações especiais” vividas por esta atividade econômica, social e esportiva que é o “Futebol Profissional Catarinense”.
O RETORNO DO FUTEBOL AO REDOR DO MUNDO. PRINCIPAIS PRÁTICAS
É crescente o movimento para retorno das atividades esportivas, desde que observados os respectivos protocolos médicos que confiram segurança a este retorno a atletas e demais envolvidos nas competições. Na Europa, os estudos vêm sendo realizados com dois vieses em mente: 1) a segurança dos atletas e dos prestadores de serviços; 2) a manutenção dos contratos comerciais de transmissão das partidas. Recentemente, foi noticiada a linha de atuação da UEFA está seguindo para a liberação das competições esportivas,
Colhe-se, nos exemplos Europeus listados anteriormente, assim como nos exemplos Brasileiros, alguns pontos em comum: a) competições sem público nos estádios; b) treinamentos em pequenos grupos, podendo ocorrer em horários diferentes uns grupos dos outros; c) medição constante de temperatura dos atletas: temperatura verificada já na chegada do atleta ao clube, muitas vezes no próprio automóvel; d) condições para o uso de instalações nos clubes: criação de corredores seguros, constantemente desinfetados; limite de ocupação simultâneas de atletas em espações como vestiários, academias e consultórios médicos; e) tratamento médico e fisioterapia: realização de contato entre profissionais e atletas sem conversas, mediante uso de luvas e máscaras. Higienização do local após o uso; f) exaustiva realização de testes virais nos atletas, comissão técnica e pessoal de apoio. A partir dos elementos coletados a nível internacional e em outros Estados da Federação, os clubes de Santa Catarina, liderados pelo Dr. Luis Fernando Funchal, desenvolveram seu próprio protocolo, com ênfase na realidade do esporte local e sempre com a premissa de garantir a saúde dos atletas e demais partes envolvidas. O protocolo está sendo entregue de forma anexa ao presente requerimento a fim de embasar a análise realizada pelo Governo do Estado de Santa Catarina.
Santa Catarina é um dos Estados que está colhendo os melhores resultados no trabalho de prevenção a COVID-19 em todo o Brasil, sem perder de vista o retorno da atividade econômica, tão importante para a vida das pessoas e tão solicitada pelas entidades empresariais. O retorno do principal evento esportivo do Estado de Santa Catarina carregaria um enorme valor simbólico deste retorno: traz forte mensagem à população de que nem o medo e nem a valentia devem imperar neste momento. Que é a ciência a principal aliada das pessoas nas atitudes preventivas tão necessárias neste momento. A Federação Catarinense de Futebol e a Associação de Clubes, tendo em vista a enorme penetração em todas as camadas da sociedade, colocam-se como os grandes parceiros divulgadores desta mensagem em toda a grade de programação dos eventos a serem transmitidos. O Estado de Santa Catarina, tem a chance de apresentar a primeira legislação regulamentadora deste retorno dentro todos os Estados da Federação.

PEDIDO
Diante dos elementos trazidos neste requerimento, é que a Federação Catarinense de Futebol e os Clubes de Futebol de Santa Catarina solicitam:
I - A instauração de um canal institucional e formal de comunicação com o Governo do Estado, por meio deste Centro de Operações em Emergências de Saúde, que possa receber, analisar, contribuir e validar os subsídios trazidos por esta associação, em especial o “Guia Médico de sugestões protetivas na Retomada Progressiva do Futebol Profissional de Santa Catarina de forma Segura”, formulado pelo corpo médico dos clubes associados; formado por uma comissão temporária de médicos, advogados e administradores.
II - A edição de norma dentre os Estados a regulamentar um calendário de retomada esportiva, a partir dos protocolos já exaustivamente estudados por médicos e demais especialistas no Brasil e no mundo, regulamentando critérios de treinamento de atletas, instalações esportivas, controle preventivos, realização de jogos oficiais, transportes e hospedagem, tanto de atletas quanto do staff envolvido indiretamente nas competições.
III - O Retorno dos treinamentos a partir de 01.05.20 e possível reinicio do campeonato a partir de 16/05/2020, conforme plano detalhado no Guia Médico em anexo, a fim de garantir que as datas estaduais não entrem em choque com as datas das competições nacionais a partir de Junho e que é jogado por 8 dos clubes que disputam o Campeonato Estadual.
FASE 1
Retornar progressivamente aos treinos: sugerimos a tomada de medidas de três fases de adaptação para garantir que os jogadores sejam capazes de jogar os 90 minutos e disputar os seus jogos na melhor condição física, incorrendo no menor risco possível de lesões e da maior performance desportiva. Um fato fundamental é retomar treinos específicos e efetivos da modalidade, algo que é praticamente impossível de forma isolada, mesmo nas modalidades já adaptadas por muitos clubes e atletas em suas residências. Considera-se fundamental criar condições para uma reintrodução progressiva dos jogadores aos treinos, só assim sendo possível uma preparação física e mental condizente com o regresso à competição. Nesta 1ª fase sugere-se um processo lento com treinos individualizados no campo, de uma forma segura com um risco muito baixo de contágio. Teríamos de dividir em grupos pequenos de atletas para ocuparem um determinado espaço com distanciamento seguro. Nesta fase, os jogadores começarão a realizar treinos mais exigentes em termos físicos (e mais próximos daquilo que são necessários para prática do futebol profissional), sendo possível uma melhor monitorização da sua carga externa e interna, com o objetivo de tentar aproximar às cargas crônicas pré-pandemia. Também nesta fase que os jogadores voltam a ter um contato mais efetivo com a bola e com aspetos cognitivos importantes do jogo (dimensões do campo, orientação espacial/temporal, posicionamento, etc). Para que esta fase possa ocorrer de forma segura, sugere-se, na próxima página, um conjunto de medidas para tornar o ambiente de baixo risco.
FASE 2
Essa fase do processo de retorno à competição corresponde ao início dos treinos com contato e trabalhos de situação de jogo. Antes desta fase deve ser definido qual o staff que irá estar em contato direto com os jogadores e poderá haver nova triagem de sintomas para todos os jogadores, staff e a todos os que vivem com estes. Todos os jogadores e staff próximo do jogador poderão realizar, novamente, testes para o Codiv-19 e no caso de um teste positivo devem seguir os trâmites normais já pré-definidos. Cabe ressaltar que estes testes serão apenas para os indivíduos que testarem negativo na primeira coleta. Logicamente os indivíduos positivos IgG estarão imunizados e não necessitarão repetir os exames, a não ser se desenvolverem processos infecciosos compatíveis com processos gripais suspeitos. Apesar da “normalidade” dos treinos, devem-se manter as medidas rígidas que são sugeridas anteriormente, medidas estas que deverão durar como prática normal, até segunda ordem.
FASE 3
Neste retorno progressivo aos treinos, possivelmente os jogadores e staff já estarão mais preparados, física e mentalmente, para o retorno de competição. Como medida preventiva e com a finalidade de preservar ao máximo os riscos de saúde a todos, os jogos, inicialmente, devem ser realizados numa primeira fase com portas fechadas, sem público, para garantir a contenção social. É importantíssimo que o staff, de acompanhamento das equipes nos dias de jogo, restrinjam-se ao indispensável para a realização do mesmo. Restringindo nestas delegações, o mínimo necessário, sugerindo conterem somente pessoas sem nenhum tipo de comorbidades clínicas, que possam ser sugestivas de agravamento pela infecção do COVID-19 e indivíduos menores de 60 anos. Algumas das medidas implementadas nesta fase devem manter mesmo após o período subsequente à recuperação da pandemia. Principalmente no que tange as práticas de higienização que visem prevenir uma situação semelhantes e reativação futuras.
FASE 4
Nos jogos fora de casa, as viagens, se possível devem ser realizadas no próprio dia do jogo (o que deverá ser tido em conta na definição dos horários dos jogos). Nas viagens de ônibus, esses devem ser exclusivos e apenas, para os jogadores/staff do jogo. Os outros jogadores para essa viagem, que também sejam indispensáveis, deverão se deslocar em outro ônibus. Cada jogador, que viaje no ônibus, deve sentar-se sozinho em poltrona dupla e utilizando uma máscara por todo o trajeto. Evitar ao máximo conversas. O ônibus deve ser sempre previamente higienizado corretamente e de acordo com as normas das autoridades de saúde (principalmente bancos e áreas que se possam agarrar/pegar) e não deverá haver, nenhum contato com o motorista, que deverá utilizar máscara durante toda a viagem. De preferência devem ser utilizados ônibus com saída e entrada independentes para os passageiros e o motorista. Este último não deve ter nenhum contato físico ou verbal com os passageiros e nenhum contato físico com o material transportado pela equipe. Os jogadores, staff e motorista devem viajar de máscara, sendo recomendado sua utilização, obrigatória, durante a entrada e saída, no estádio, hotel e paradas obrigatórias e/ou entre outros locais. Deve existir sempre desinfetante (álcool em gel) dentro do ônibus à disposição de quem viajar. Uma parada, se necessária, deve ocorrer num ambiente previamente conhecido com uma estação de serviço, adequada e possivelmente bem higienizada. Os jogadores e staff devem evitar aglomerados de pessoas. Antes do início da viagem de ônibus, na parada e no final da viagem, os jogadores e staff devem lavar as mãos e realizar higienização com álcool em gel. No hotel (hotéis preparados para o efeito, com formação de todo o staff das medidas de desinfeção, circulação, confecção e apresentação da comida, entre outras), é recomendável uso de quartos individuais para todos e manter, independentemente disso, todas as medidas de higiene já descritas. Todos devem evitar o uso de elevador, utilizado as escadas como alternativa (sem tocar no corrimão). Tanto na viagem como no hotel deve ser evitado o uso de ar-condicionado, especialmente se sem filtro HEPA. As refeições no hotel devem ser realizadas em espaços arejados e os jogadores e staff devem comer em mesas com o menor número de pessoas e maior distanciamento possível. Devem ser evitadas conversas desnecessárias. Devem ser evitados contatos próximos com funcionários do hotel e com outros hóspedes, tanto por jogadores como por elementos do staff. O funcionário do hotel, que tenha contato com a equipe, deve, preferencialmente, usar máscaras. Para equipes que viagem de avião, devem evitar aglomerados de pessoas nos aeroportos, evitar sentarem-se nos bancos dos aeroportos, evitar tocar em superfícies, lavar as mãos com regularidade e é recomendado viajar de máscara (responsável médico deve ensinar a colocar e a retirar). Também aqui é ideal que a delegação viaje sempre acompanhada por desinfetante (< 100mL) para que os elementos da comitiva possam higienizar periodicamente as mãos tantas vezes quando forem necessárias. É importante lembrar que as viagens de avião podem ser necessárias, e devemos seguir as recomendações da ANAC.

DA ORGANIZAÇÃO DE JOGO
Nos dias de jogos devem, preferencialmente, ser criados circuitos de acesso diferenciados para jogadores/staff e demais elementos por forma a evitar o contato. Estes trajetos devem estar muito bem sinalizados e preferencialmente com fluxo único de entrada e outro independente para saída. Não deve haver confronto de fluxo. Será impreterível que os Clubes se organizem nesta rotina para evitar o máximo o contato de indivíduos alheios as equipes. Adquirir vários desinfetantes de mãos para serem colocados em diversos locais das instalações do clube de fácil e visível acesso. Adquirir termômetros de medição rápida e precisa e oxímetro, que deverão realizar medidas nos atletas de cada delegação e arbitragem. A medição será realizada por termômetro infravermelho ou termografia. Cada equipe terá seu responsável por esta medição e reportar a inexistência de jogadores febris ao delegado do jogo. Assinando compromisso com a verdade. Na aferição da temperatura da equipe de arbitragem, será realizada pelo responsável da equipe da casa e o mesmo fará o relato ao delegado do jogo com assinatura de compromisso com a verdade. Na existência de qualquer indivíduo febril (acima 37,5 graus), o mesmo será excluído da participação do evento e encaminhado diretamente para sua residência em veículo individual ou no caso de delegações, em confinamento com máscara e isolado do grupo. Adquirir kits de testes para o COVID-19 (os de PCR e sorológicos). Preferencialmente os testes imunológicos rápidos para o teste de todos os participantes diretos do evento. No caso do participante febril, o mesmo deverá realizar o teste mesmo estando fora da atividade, para documentação epidemiológica. Da imprensa escrita, radiofônica ou televisiva, deverá ser autorizado o mínimo possível para realização adequada da atividade da imprensa, desde que realizem o teste rápido e apresentem resultado negativo ou positivo. Das coletivas pós jogo, serão realizadas sem a presença de jornalistas, para diminuir o número de pessoas contratantes. Mas as perguntas serão realizadas pelos assessores de imprensa de cada equipe, com perguntas recebidas previamente, nomeando o jornalista e sua empresa de comunicação, utilizando meios de comunicação tipo WhatsApp ou MSM para o contato com o assessor de imprensa. Máscaras e luvas suficientes para Staff e jogadores e outros elementos do Clube.