Paulo Báier deve ou não ser poupado contra o Brusque?

Eu penso que sim! Independentemente do que pensa a Com. Técnica, mas expresso a minha opinião. Motivos? Vários! Báier já jogou duas partidas e sofreu razoável desgaste. Levando-se em conta todo o Campeonato Catarinense mais o Brasileiro e alguns jogos na Copa do Brasil serão, no mínimo, 60 partidas ao longo da temporada. Há ainda a questão climática pois, para sábado à tarde, está previsto muito calor...jogo no sol do horário de verão: 17 horas. Paulo Báier é o jogador mais qualificado tecnicamente no atual plantel...tem quase 40 anos e ainda consegue rendimento acima de expectativas. Então, diante de tantos motivos, por que não preservá-lo??? Com todo respeito que o adversário merece, mas o próximo jogo é contra o Brusque que, convenhamos, tem aspirações de permanência na Série A do Estadual e reconquista de espaço no contexto do nosso futebol. Por sua vez, Ricardo Drúbscky tem outras opções a serem observadas. Jogadores como Rafael Donato, Éverton, João Vítor,  Maylson e Thiago Humberto poderiam receber oportunidade. De qualquer modo, quem manda e escala é o treinador e, obviamente, ele saberá o que é melhor para o momento. Lembro que, depois de jogar contra o Brusque, o Tigre enfrentará duas partidas fora de casa: Metropolitano e Avaí. E, cá entre nós, se fizer três pontos neste sábado...o Criciúma tem tudo para encaminhar sua classificação nas partidas de Blumenau e Florianópolis. Assim, Báier estaria mais descansado e o time precisaria mais dele contra Metrô e Leão do que diante do “Bruscão eô”, entenderam bem?? Ah...Jéferson Schmidt apita Criciúma x Brusque. Arghhh...!!

Criciúma mereceu ganhar!

Entendo desta forma em relação ao que vi no jogo Criciúma 1 Figueirense 0. O time da Capital pouco produziu ofensivamente e não fez jus à melhor sorte. Por sua vez, o Criciúma jogou melhor do que em Joinville, foi mais consistente e aproveitou uma das poucas chances criadas pelos dois times. Dois jogos, quatro pontos e crescimento da autoconfiança para a sequência da competição. Não gostei da arbitragem de Paulo Henrique Bezerra. Cometeu erros que não está acostumado a praticar! Três dos quais estranhei bastante...como por exemplo os cartões desnecessário para Escudero e Báier, além de não ter expulsado Nirley. Sobre a atuação individual dos jogadores do Criciúma...Galatto foi pouco exigido. Eduardo está se adaptando mais ao esquema de Ricardo  Drúbscky...apoiou e marcou, sem se expôr a erros. A dupla de zaga mostrou solidez. Ronaldo Alves e Escudero levaram total vantagem sobre os atacantes adversários. O argentino passou muita confiança! Rogério cresceu no 2º tempo, sabendo dosar suas idas à frente. No meio, Serginho lembrou atuações de 2.013 com acerto de passes e noções de marcação. Foi o melhor em campo...disparado! Ânderson Uchôa marcou mais, fazendo trabalho de cobertura. Paulo Báier se destacou pelo gol e por apresentar o comprovado toque de bola diferenciado. Ricardinho teve função tática de preencher o lado direito, no 1º tempo, e o esquerdo no 2º, no “3” do esquema de Drúbscky. Mas não produziu muito, não! Lucca novamente não fez bom jogo. Se salvou pelo passe p/ Báier confirmar a vitória. Rodrigo Silva mostrou maior movimentação...mas ainda está devendo. Entraram Fernando Karanga, Lulinha e Éverton sendo que este último foi mais efetivo. Valeu pela vitória. Mas ainda não é o futebol que nós esperamos ver!

Paulo Báier sai pra comemorar o gol que fez na vitória sobre o Figueirense.

Criciúma x Figueirense, jogar mais e ser competitivo!

Mas, só maior motivação não será suficiente para que as vitórias apareçam. Há necessidade de que, na prática, o time jogue mais! Todos os anos no Camp. Catarinense participo de uma promoção do Instituto Mapa, o Top da Bola, onde escolho os melhores do jogo em que trabalho. Pois, pela primeira vez, votei só no goleiro Galatto, do Criciúma, e nas outras 10 posições mais o treinador, todos do Joinville! Cito o exemplo só pra dimensionar a atuação tão apagada do Tigre na Arena. Obviamente que, jogando em casa e, provavelmente com a presença de um grande público, o Criciúma tende a produzir mais. Há um clamor geral para que tenhamos paciência.  Afinal, é só começo de temporada. Por outro lado, lembro novamente que o Estadual/2.014 é mais curto do que os últimos e, portanto, os resultados precisam ser alcançados com certa urgência. Calendário com jogos duas vezes por semana exige muito fisicamente dos atletas e tal imposição requer dos clubes plantel com quantidade e qualidade! Você que nos acompanha aqui neste espaço já se colocou no lugar dos treinadores...do Ricardo Drúbscky, por exemplo? Não apressar o planejamento para, aos poucos, dar padrão e ritmo de jogo e, entretanto, correr riscos no Catarinense? É uma “faca de dois gumes” e, entendo ser necessário bastante equilíbrio. Sobre a rodada, lá vou eu para meus prognósticos... Pois bem, aposto em vitória do Avaí sobre o Juventus; empate entre Brusque e Atlético...ou dá o time da casa; ganha a Chapecoense do Marcílio; empatam Metropolitano e Joinville; e, no H. Hülse, o Criciúma não vai deixar escapar os 3 pontos diante do Figueirense. Aliás, no jogo daqui, apita Paulo Henrique Bezerra, que nasceu há 3 quadras do Orlando Scarpélli; um dos auxiliares, o Kléber Lúcio Gil tem familiares com raízes alvinegras; e, o delegado Júnior Moresco, é casado com uma torcedora “doente” do Figueirense. Mas são apenas detalhes. Os 3 são muito bons profissionais!

Criciúma jogou pouco em Joinville.

Foi um empate que caiu do céu!! Este é o resumo, numa frase, do resultado obtido pelo Criciúma em Joinville. O 1 à 1 não foi justo! Empate conseguido graças a um lance de bola parada, lance isolado, que Ronaldo Alves aproveitou. O Criciúma esteve abaixo de qualquer expectativa mais pessimista em relação à sua estréia. Ao término do jogo, Ricardo Drúbscky disse que “muitas lições foram tiradas!”. Ainda bem que ele sabe disso!! O Joinville foi melhor em todos os quesitos coletivos: fisicamente, tática e tecnicamente!! Já...o Tigre não foi tigre...e precisa melhorar MUITO pra cumprir boa campanha! Galatto se destacou como o melhor em campo. Fez, pelo menos, duas grandes defesas para impedir a derrota. Eduardo, pressionado pelo torcedor do Joinville, sentiu o jogo e foi facilmente dominado por Edgar Júnio e Francis, atacantes adversários. Joílson mostrou mais uma vez que suas qualidades técnicas individuais são limitadas. Mas não comprometeu, coletivamente. Ronaldo Alves, da mesma forma, também não teve grande estréia. Falhou no lance que originou o gol do JEC mas mostrou oportunismo pra empatar. O lateral Rogério encontrou muitas dificuldades. Acompanhou a sonolência dos demais. Diego Oliveira não estava tão mal a ponto de merecer substituição. Entrou Ânderson Uchôa que teve um pouquinho mais de movimentação. Quanto a Ricardinho, acompanhou a baixa movimentação dos demais. Paulo Báier, bem marcado, não teve muitas chances nem liberdade pra jogar. Lulinha pode e deve render bem mais. Foi discreto. Saiu para entrar Thiago Humberto que nem teve tempo para jogar por causa de expulsão boba. Do mesmo jeito, Lucca que fez apenas uma jogada individual, também vai produzir mais e melhorar! Rodrigo Silva, preso entre os zagueiros, criou pouco e foi substituído por Fernando Karanga que, ao menos, participou do gol de empate. Quanto ao técnico Ricardo Drúbscky, demorou pra fazer alterações e tenho certeza de que terá de trabalhar bastante pra que o Criciúma não decepcione!

Números do jogo: Joinville 21 faltas, 9 escanteios, nenhum impedimento, 5 chutes pra fora e 9 no gol do Tigre. Já o Criciúma cometeu 18 faltas, conseguiu um escanteio, teve um impedimento, não concluiu nenhuma vez pra fora e 4 chutes contra a meta adversária. Esses dados só comprovam que o Coelho foi superior! Preocupação? Sim! Reflexão? Muita!!

Ronaldo Alves comemora gol de empate em Joinville. Ao lado aparece Fernando Karanga chegando pra abraçá-lo!