Decisão será no próximo sábado, às 21h, no Maracanã; competição acaba sendo salva com jogo esperado entre GIGANTES do continente!
A crônica:
No próximo sábado, às 21h, o Maracanã receberá a
decisão da Copa América pela segunda edição seguida. Desta vez, a correção de
um erro histórico. Em 2019, o chaveamento não permitiu que Brasil e Argentina
fizessem aquela final. A seleção de Tite encontrou os hermanos em uma polêmica
semifinal no Mineirão. Mais atrás, lá em 2014, Brasil e Argentina poderiam
fazer a final de Copa do Mundo dos sonhos para o continente sul-americano, mas
o roteiro daquele filme todo mundo já conhece. Os alemães que o digam.
Nas duas ocasiões, Neymar esteve ausente, com Messi sendo o principal expoente. Mas, desta vez, os dois se enfrentarão por um título continental. E chegam para o estágio final como líderes de suas seleções e principais craques da Copa América, o que era esperado. Eles são os rostos que salvam uma indesejada competição, que mudou de sede por causa da pandemia e foi enormemente criticada no Brasil, até mesmo pelos jogadores da seleção brasileira, que mostraram repúdio à Conmebol pela decisão.
Em meio aos casos de Covid-19 que sacudiram as
seleções, trazendo ainda mais problemas aos organizadores, que também tiveram
que correr para maquiar os gramados do torneio - os jogadores não são bobos,
colocaram a boca no trombone - o próximo sábado (10) reservará aos tradicionais
adversários uma taça. E ela, no fim das contas, é muito desejada.
A Argentina pode igualar o Uruguai, conquistar a
15ª Copa América e se tornar também o maior campeão do continente. Mais do que
isso, pode encerrar um jejum de títulos que perdura por 28 anos. E isso,
obviamente, pesa sobre os ombros de Messi, que antes da Copa América já tinha
dito que buscava um título pela seleção nacional. Ele já foi ouro em Pequim,
mas a conquista com a seleção principal ainda não aconteceu.
Para o Brasil, está a escrita. Todas as edições de Copa América disputadas em solo brasileiro foram vencidas pela seleção. Vencer os argentinos no próximo sábado é também o teste ideal pensando naquela velha dúvida sobre qual seria realmente o estágio da seleção frente a grandes times do futebol mundial. A Argentina vem fazendo uma grande Copa América e Messi é um extraclasse. O Brasil busca a 10ª conquista de Copa América, seria o segundo título seguido e conquistado de forma invicta, com Tite se tornando o primeiro técnico bicampeão continental com a seleção.
Já são 13 jogos do Brasil sem perder uma partida.
Com 12 vitórias e um empate. Mas é preciso lembrar que a última derrota, em um
amistoso na Arábia Saudita, lá em 2019, foi justamente para a Argentina, com um
gol de Messi. Para Neymar, seria o primeiro título de Copa América, uma
competição que o camisa 10 brasileiro sempre teve problemas, seja por
indisciplina ou lesões que o afastaram da disputa continental. É a chance dele,
assim como Messi, provar sua condição de craque e líder de uma geração na
seleção. Afinal de contas já temos praticamente uma década de Neymar e as
conquistas com o jogador foram a Copa das Confederações de 2013 e o ouro no
Rio.
Um jogo para a história se desenha.
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