A reportagem consta de total crédito para o site do GE. Achei muito legal e resolvi transcrever alguns dos pontos mais interessantes aqui neste espaço. Os caras são láááá do interior de Pernambuco e "sósias" do Criciúma E. C.! Leiam! Vale à pena!! Então...vamos a ela!
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Separados por mais de três mil quilômetros, Criciúma, em Santa Catarina, e Jatobá(14 mil habitantes, menos do que a capacidade total do estádio Heriberto Hülse, em Criciúma, que é de 19.225 torcedores), em Pernambuco, possuem uma característica em comum: a paixão pelas cores preto, branco e amarelo, representada na camisa dos clubes locais. No sertão de Pernambuco, o Criciúma Pankararu nasceu em 1988, antes mesmo da emancipação do município, que era subordinado a Petrolândia até 1995. O nome da equipe é em homenagem ao Criciúma Esporte Clube, de Santa Catarina. Mas também carrega a alcunha do povo indígena Pankararu, aldeia que possui cerca de 500 famílias, onde a equipe foi criada.
A ideia de criar um xará do representante catarinense na Série A surgiu após uma viagem de Quitera Maria de Jesus — uma das lideranças da aldeia — e seu filho, Antônio Marcelino, para a cidade no sul do Brasil. No passeio, conheceram dirigentes da equipe e conversaram sobre a história do Tigre, que recém havia mudado o nome de Comerciário Esporte Clube para Criciúma Esporte Clube, e trocado as cores de azul e branco para as adotadas atualmente. Naquela época, o Carvoeiro ganhou fama por ter vencido o Flamengo campeão do mundo, por 4 a 2, e conquistado a oitava colocação no Campeonato Brasileiro — reconhecido antigamente como Copa União.
Em outra viagem feita para Fortaleza, Antônio recebeu de um amigo uma camisa do Criciúma e teve a certeza de que o time que sonhavam fundar na aldeia levaria o nome e as cores do clube catarinense. Junto da equipe de futebol masculino também foi formada a equipe feminina, porém de futsal. E, dois anos depois, por pouco a decisão não foi desfeita. — Em 1990 ele quis mudar o nome do time para Ipiranga. Mas em 1991 o Criciúma foi campeão da Copa do Brasil e fez ele voltar atrás — revela o técnico do Criciúma Pankararu, Clenio dos Santos.
O elenco conta com 25 jogadores, que disputam ao todo quatro campeonatos municipais no ano, onde é pentacampeão da principal competição. Nenhum dos atletas recebe salário, com excessão dos que são contratados temporariamente, respeitando a regra de no máximo cinco não naturais do município de Jatobá por torneio — um goleiro e quatro jogadores de linha.
Santa Catarina 🤝 Pernambuco - Segundo o técnico, o time está há três anos invicto em campeonatos e ganhou três dos quatro disputados em 2024. O último acontece em agosto. A equipe é formada por membros das famílias da aldeia, com os materiais e uniformes encomendados por Clenio e seu irmão. O sonho é que algum dia o Criciúma de Santa Catarina doe fardamentos para os atletas do Pankararu. O Criciúma Pankararu tem planos para inscrever a equipe no Campeonato Pernambucano Sub-20 na próxima temporada. A expectativa é de que em pouco tempo o clube consiga classificação para disputar a 3ª divisão do estadual.
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