O futebol de Santa Catarina voltou a viver dias em que
aumentou seu prestígio internacional. Afinal, a Chapecoense chegou às quartas
de final de uma Copa Sul Americana! Ficou no “quase”...é verdade! Perdeu lá na
Argentina...3 a 1 para o River Plate e, no Índio Condá, fez “só” 2 a 1...o que
inviabilizou sua classificação que seria histórica pro tamanho dos clubes que
projetam nosso Estado. O feito da turma do Oeste nos remeteu a um passado
inesquecível quando o Criciúma também chegou às quartas, só que da Taça
Libertadores, e foi eliminado pelo São Paulo que, mais tarde, seria o legítimo
campeão. Isso aconteceu láááá em 1.992!! E...pelo menos por enquanto, Criciúma
e Chapecoense são os clubes que mais notabilizaram o futebol barriga-verde fora
do País!!
Pois ambos decidiram em algumas oportunidades o Campeonato
Estadual. O Tigre já fez festa lá e aqui ...o “Índio” também!! Massss...uma
decisão em especial domina a memória da torcida do Criciúma: aquela de 1.995!!
Por ter feito melhor campanha durante a competição, o Tigre faria o segundo e
decisivo jogo em casa. A primeira partida, portanto, em Chapecó. Lembro que os
chapecoenses estavam com a “faca nos dentes”!! A data? Bem, o jogo no Índio
Condá foi dia 1º de agosto, uma terça-feira, 21 horas. Por que terça? Não tenho
lembrança do motivo! Sei, sim, que a saudosa RCE TV transmitiu pra todo o
Estado as duas partidas. Olha...eu exercia a função de repórter na época e vi
tudo atrás da goleira à direita das cabines de rádio. Estádio “entupido”...e a
Chapecoense “deitou e rolou”!! Passou por cima do Criciúma “atropelando” e
metendo 4 a 1, sem deixar qualquer contestação!! Nei, um meia que depois veio
pro Criciúma, jogou muito! Marcou dois gols, Paulo Rink faria um e o outro foi
assinalado por Índio Gaúcho, hoje exercendo a função de comentarista em alguns
jogos do Premiere/Sportv. O gol do Criciúma foi conquista do garoto Giovâni, um
atacante revelado na base, que mais tarde deu uma “girada”...andando até na
Venezuela.
A “volta” estava marcada para o domingo seguinte, dia 6 de
agosto. Lembro que o então presidente Mílton Carvalho “correu” nos órgãos de
imprensa durante a semana, juntamente com integrantes de comissão técnica e
jogadores pedindo apoio e incentivo. O Criciúma foi beneficiado pelo
regulamento que não indicava saldo de gols. Por ter melhor retrospecto do que o
adversário, o Criciúma jogaria por uma vitória simples no Heriberto Hülse e um
empate na prorrogação. A verdade é que tudo deu certo!! Vieram quase mil
torcedores de Chapecó e o jogo acabou recebendo o maior público da história de
um campeonato catarinense: 31.123 torcedores!! Teve gente que ficou na rua!! A
RCE TV liberou transmissão pra cidade e região e quem não conseguiu entrar no
estádio viu pela televisão. A dois minutos de jogo...falta pela esquerda, perto
da linha lateral da área na trave “do Colegião”! Luiz Carlos Oliveira bateu
direto pro gol e Pedro Paulo, goleiro da Chapecoense, falhou. Caiu com a bola
dentro do gol!! Era o tento único da partida e do título do Criciúma!! Vale
lembrar que o jogo foi recheado de lances perigosos de parte a parte!! Paulo
Rink perdeu gol, Nei também e, pelo Criciúma, Carlos Henrique, o “Flecha
Negra”, também desperdiçou várias oportunidades. Festa no Majestoso...amarela,
branca e preta!!
Aqui do lado...meu “gurú”...o Passarinho Arrepiado passa a
escalação de cada um dos times da final... só pra gente aguçar a memória!
Lembrando que o árbitro foi Renildo Nunes, tendo como auxiliares Vayran da
Silva Rosa e Alcides Zavaski Pazzetto. O Criciúma era treinado por Luiz Gonzaga
Milioli e teve Sadí; Sandro Mota, Alexandre Lopes, Wílson e Gílson; Bolé, Paulo
da Pinta, Wanderley e Luiz Carlos Oliveira; Giovâni e Eliel(foto do time titular...abaixo). Entraram
ainda...Carlos Henrique e Rudinei. A Chapecoense tinha como técnico Vicente
Arenári. Equipe usada por ele...Pedro Paulo; Cambé, Zózimo, Oliveira e Itá;
Ivair, Títi, Nei e João Carlos Maringá; Paulo Rínk e Índio Gaúcho. Utilizados também...Charles
e Aléssio. E...como é bom recordar coisas boas, não é mesmo??!!
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