Justificativas
não faltam pra tentar explicar motivos! Lááááá atrás o futebol era uma diversão
de fins de semana e os bons jogadores recebiam pequenas e, alguns, apenas razoáveis
quantias pra poder defender seu clube. Me refiro à uma fase, já, do
profissional de “carteira assinada”! Além disso, havia vínculo total do atleta
para com a instituição desportiva. Assim, conforme o “tamanho da bola” do
jogador, este era negociado ou não por quantias um pouco mais significativas.
Quem definia tudo eram os dirigentes, às vezes em combinação com o próprio
atleta. Claro que havia um controle absoluto do clube dono do “passe” do atleta
e não era raro observar que este ou aquele jogador acabava indo jogar meio que
“forçado” em determinado time por instransigência de seu “superior”!! As coisas
foram mudando...evoluindo e surgiu a Lei Zico, mais tarde transformada em Lei
Pelé, promulgada em março de 1.998.
Pois,
a partir de então, tudo mudou!! Conforme nova legislação não há mais como
estipular preço de qualquer jogador de futebol se não for dentro de parâmetros
jurídicos! Pra pedir um preço lá em cima é necessário já estar pagando um muito
bom salário para o referido “produto”!! E, a grande maioria dos clubes
brasileiros vive na penúria financeira! Uns mais...outros menos, é verdade! Por
outro lado, empresários e procuradores descobriram um mercado que, se bem
explorado, é altamente rentável! Eles são os “corretores” e podem levantar
valores que “resolvem a vida”! Enquanto isso, os clubes que formam o atleta já
têm que proporcionar toda uma condição estrutural para que o garoto, ainda
pré-adolescente, possa se desenvolver, quem sabe ser um craque para que láááá
na frente haja recompensa financeira que justifique tal investimento!!
Na
prática tudo dentro dos “conformes”!! Afinal, se o menino ou até a menina
souber jogar bola precisa ser bem remunerado(a) e, mais cedo ou mais tarde, o
ressarcimento virá! Ocorre, amigos leitores, que são raríssimos os clubes que
trabalham o futebol profissional no Brasil com estrutura adequada para seguir,
ao pé da letra, a Lei Pelé! E, conforme seus artigos, parágrafos e itens atingir
o ponto ideal para tornar o futebol um produto rentável e com retorno adequado
afim de que uma instituição se auto-sustente!! Além disso, o imediatismo
prejudica bastante até quem trabalha nas categorias de base. Há exigências para
que este ou aquele ainda “projeto de jogador” seja lapidado para, o mais breve
possível, ser usado na equipe principal!! Sim! Porque é preciso colocar os
garotos na “vitrine” e, quem sabe, fazer um bom negócio o quanto antes!!
Masssss...a
realidade é absolutamente outra! Os professores de escolinhas e formadores de
atletas não têm tempo para aprimorar o domínio de bola dos meninos(as), o
passe, o cruzamento, a finalização...enfim, as necessidades básicas para que se
deixe pronto um atleta de futebol e este se tornar um profissional de “mãos ou
pés cheios”!! Assim, cada vez mais é cena rara ver jogadas como as de Cristiano
Ronaldo, Messi, Neymar, Griezmann e cia. Ah...sobre lances geniais que tive o
prazer de ver...de Pelé, dos Ronaldinho’s, Platini, Maradona, Romário e outros..então,
tenho dúvidas se testemunharemos novamente...!!
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