segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

A pressa no futebol.

Justificativas não faltam pra tentar explicar motivos! Lááááá atrás o futebol era uma diversão de fins de semana e os bons jogadores recebiam pequenas e, alguns, apenas razoáveis quantias pra poder defender seu clube. Me refiro à uma fase, já, do profissional de “carteira assinada”! Além disso, havia vínculo total do atleta para com a instituição desportiva. Assim, conforme o “tamanho da bola” do jogador, este era negociado ou não por quantias um pouco mais significativas. Quem definia tudo eram os dirigentes, às vezes em combinação com o próprio atleta. Claro que havia um controle absoluto do clube dono do “passe” do atleta e não era raro observar que este ou aquele jogador acabava indo jogar meio que “forçado” em determinado time por instransigência de seu “superior”!! As coisas foram mudando...evoluindo e surgiu a Lei Zico, mais tarde transformada em Lei Pelé, promulgada em março de 1.998.
Pois, a partir de então, tudo mudou!! Conforme nova legislação não há mais como estipular preço de qualquer jogador de futebol se não for dentro de parâmetros jurídicos! Pra pedir um preço lá em cima é necessário já estar pagando um muito bom salário para o referido “produto”!! E, a grande maioria dos clubes brasileiros vive na penúria financeira! Uns mais...outros menos, é verdade! Por outro lado, empresários e procuradores descobriram um mercado que, se bem explorado, é altamente rentável! Eles são os “corretores” e podem levantar valores que “resolvem a vida”! Enquanto isso, os clubes que formam o atleta já têm que proporcionar toda uma condição estrutural para que o garoto, ainda pré-adolescente, possa se desenvolver, quem sabe ser um craque para que láááá na frente haja recompensa financeira que justifique tal investimento!!
Na prática tudo dentro dos “conformes”!! Afinal, se o menino ou até a menina souber jogar bola precisa ser bem remunerado(a) e, mais cedo ou mais tarde, o ressarcimento virá! Ocorre, amigos leitores, que são raríssimos os clubes que trabalham o futebol profissional no Brasil com estrutura adequada para seguir, ao pé da letra, a Lei Pelé! E, conforme seus artigos, parágrafos e itens atingir o ponto ideal para tornar o futebol um produto rentável e com retorno adequado afim de que uma instituição se auto-sustente!! Além disso, o imediatismo prejudica bastante até quem trabalha nas categorias de base. Há exigências para que este ou aquele ainda “projeto de jogador” seja lapidado para, o mais breve possível, ser usado na equipe principal!! Sim! Porque é preciso colocar os garotos na “vitrine” e, quem sabe, fazer um bom negócio o quanto antes!!
Masssss...a realidade é absolutamente outra! Os professores de escolinhas e formadores de atletas não têm tempo para aprimorar o domínio de bola dos meninos(as), o passe, o cruzamento, a finalização...enfim, as necessidades básicas para que se deixe pronto um atleta de futebol e este se tornar um profissional de “mãos ou pés cheios”!! Assim, cada vez mais é cena rara ver jogadas como as de Cristiano Ronaldo, Messi, Neymar, Griezmann e cia. Ah...sobre lances geniais que tive o prazer de ver...de Pelé, dos Ronaldinho’s, Platini, Maradona, Romário e outros..então, tenho dúvidas se testemunharemos novamente...!!

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