Vitórias na memória.

O ano foi 1.977. Nem era Criciúma, ainda. O Comerciário, que havia retornado naquela data ao futebol profissional, depois de quase 8 anos ausente do cenário estadual, jogava no estádio Heriberto Hülse pelo Campeonato Catarinense. Isso foi numa quarta-feira à tarde(não tinha refletores ainda) e o time estava fazendo uma campanha bastante convincente na competição. Tanto que iria terminar como 3º colocado! Adversário...Operário, de Mafra. Fanático por futebol não tive dúvida. Gazeei a aula, pulei o muro de tábuas  da rua Constante Casagrande e fui ver o Comerciário jogar. Na verdade, eu e mais uns quantos pularam...sempre com um medo danado de ser pego no flagra pelo “sêo” Tião, na época o “tio” que cuidava do campo. Lembro que o jogo já estava em andamento com poucos minutos do 1º tempo. Foi uma alegria só! O “Bacharel” aplicou uma goleada histórica: 9 a 0!! Ademir Patrício fez 6, Laerte mais 2 e  Dirceu, um gol. O time base daquele ano? Pois bem...Cabral(depois virou Roberto e chegou ao Vasco e à Seleção Brasileira); Lúcio(mais tarde foi pro Internacional),  Otávio(um zagueiro gaúcho que após encerrar a carreira, virou mineiro), Cláudio(outro do Rio Grande do Sul) e Valdeci(um carioca que veio pra cá e sempre mostrou um futebol alegre); Serrano(que foi descoberto em Meleiro, progrediu rápido na carreira, indo jogar no Atlético Mineiro e hoje não curte muito o futebol), Taquito(um mineiro que era ventríloquo...xingava o árbitro que não sabia quem o tinha xingado) e Doriva(um meia da terrinha de rara qualidade técnica); Serginho, ponta de ofício que veio de Minas e pra lá voltou), Ademir(o Pezão, que fazia gol com uma facilidade incrível...hoje virou comerciante) e Dirceu(ponta que fazia aquela de 4º homem do meio, de boa técnica...virou delegado e morreu assassinado!). Ainda tinha, entre outros, o Laerte(um baixinho de Santana/Urussanga que, infelizmente, não está mais entre nós e que também marcou muitos gols). O técnico, em 1.977, era Joel Castro Flores. Boas lembranças!

Outra que tenho boas recordações...em 1.982. Semana pós-Carnaval e um amistoso contra o Flamengo. Já era Criciúma, não Comerciário e o time, ainda de azul, se preparava para o início do Campeonato Estadual. No final do ano anterior, o Flamengo havia conquistado o Mundial Interclubes, no Japão, e, na época, era uma grande atração! Os cariocas ainda estavam em festa. O Criciúma, por sua vez, tratou o jogo como uma verdadeira competição. O estádio Heriberto Hülse lotou para ver Zico e cia. Noite inesquecível! Perto dos 9 minutos do 1º tempo, Luiz Freire, meia do Tigre avança pela intermediária ofensiva e acerta um chutaço que vai pro gol. Era o 1º dos 4 gols contra 2 do Flamengo que fez o Criciúma naquela data, 25/02/1982...de ótimas recordações! Além de Luiz Freire, marcaram para o “Azulão”, Vargas(2) e Naldo. O time escalado pelo técnico Lori Sandri: Zé Carlos(veio do Botafogo); Assis, Eduardo(zagueiro que jogava antes no Esportivo), Larry(ex-Inter...hoje empresário de jogadores) e Álvaro(que veio do América-RJ); Edmar(volante que marcava e jogava muito...oriundo do Ceará), Luiz Freire(era do futebol gaúcho) e o prata da casa Paulinho Criciúma; Mica(havia jogado no Inter ), Vargas(veio do Avaí e custou a emplacar por aqui) e Anchieta(outro ex-colorado). Pra aguçar ainda mais os saudosistas...o Flamengo jogou com Cantarelli; Leandro, Figueiredo, Marinho depois Mozer e Júnior; Vítor, Adílio e Zico; Popéia depois Andrade, Nunes e Lico. O técnico era Paulo César Carpegiani. Zico e Lico fizeram os gols do Fla. Quanta saudade, hein?!

A foto, de autor desconhecido, é do famoso amistoso de 1.982. Ao fundo a torcida da então arquibancada descoberta. A esquerda, o atacante Nunes, e um pouco mais ao lado, o zagueiro Larry.

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O Passarinho Arrepiado acompanha com bastante atenção toda essa movimentação, já há mais de uma semana, em relação às dificuldades que o Criciúma está encontrando para contratar seu novo técnico. Com quem os dirigentes estão conversando? Não se sabe, ao certo! Mas que tudo está muito lento...ah, isso está sim! Palmeiras, Vasco e Santos também estão trocando treinadores e neles há maior agilidade para definir este ou aquele nome. No Tigre, é claro que o medo de errar e a pressão em razão dos números na tabela de classificação são fatores determinantes para tanta demora!!