“Eu
ia pro ataque e tinha que voltar pra marcar. Hoje, não! O lateral vai, tem um
volante ali que cobre. Um ou dois!!”
O
que está acima foi dito por Carlos Alberto Torres que, infelizmente, nos deixou
nesta terça-feira(25), aos 72 anos de
idade, vítima de infarto fulminante! Curiosamente, na postagem anterior estava
aqui neste espaço reverenciando Pelé, que completou no último domingo(23), 76
anos de vida. Ambos, Pelé e Carlos Alberto foram parceiros na Seleção
Brasileira, no Santos e no New York Cosmos. O “Capita”, apelido carinhoso que
foi lhe dado quando da conquista do tri-campeonato mundial de futebol no México,
foi, sem dúvida, um dos maiores laterais da história do futebol mundial! O bom
e velho Washington Rodrigues, comentarista bastante gabaritado do rádio e da tv
disse que se sente, obviamente, muito triste pela morte de Carlos Alberto
Torres. Entretanto, por outro lado “feliz em poder fazer parte de uma geração
que viu e reviu as grandes jogadas de Carlos Alberto e outros tantos de um
passado imortal!!”. Quem não se lembra do último gol na Copa de 1.970 quando
Pelé verdadeiramente “serviu” Carlos Alberto para o chute que definiu os 4 a 1
na final diante da Itália??!! Dá uma saudade, hein??!!
Carlos
Alberto Torres jogou em seis clubes: no Fluminense, duas vezes, além de outras
passagens vitoriosas por Santos, Botafogo, Flamengo, Califórnia Surf e...o
Cosmos. Também foi técnico no Flu, no Fla e no Botafogo, seu time do coração!
Esteve, ainda, na vida política como vereador e era filiado ao P. D. T.
Pessoalmente, foi casado por três vezes e teve dois filhos. Em campo, Carlos
Alberto era o tipo do lateral que se vê com raridade nos dias atuais. Afinal,
ele marcava bem...apoiava com freqüência e velocidade, entrando em diagonal ou
com cruzamentos precisos!! Sem qualquer dúvida, foi craque na sua posição e
em sua época!! A ele, “in memoriam” vai o meu abraço e, claro, do Passarinho
Arrepiado!!
Falando
em Arrepiado...ele me trás aqui mais algumas das frases ditas por Carlos
Alberto Torres, todas sobre o futebol:
"O gol é o grande momento do futebol. E aquele gol no fim do jogo (na final da Copa de 1970) liquidou definitivamente com qualquer dúvida ou esperança que a seleção italiana pudesse ter."
"Eu tenho certeza de que, se eu jogasse futebol hoje, ficaria bilionário. Não milionário, não: bilionário. Sem falsa modéstia, ia ganhar muito dinheiro."
"O futebol é minha paixão desde menino, sempre quis ser jogador de futebol. Mas, na minha época, era uma profissão que não tinha prestígio nenhum, e minha família era contra. Eu insisti, consegui dobrar meu pai e pude concretizar o meu sonho."
"Eu já era o capitão no Santos, que era o grande time do Brasil, e aí eu trouxe a braçadeira do Santos para a seleção. Mas a minha função como capitão do time (na Copa de 1970) era facilitada. Eu tinha ao meu lado jogadores com liderança em suas equipes: Piazza, Gerson, Brito, Pelé. Então a gente dividia a função de capitanear o grupo."
"O Pelé foi um grande espelho para nós (na Copa de 1970). Naquela época, já era considerado o rei do futebol, e o empenho dele nos treinamentos, e mesmo fora do campo, era impecável."
"O futebol é o analgésico do povo, é uma válvula de escape, uma religião no Brasil. Em 1970, nós sabíamos que vivíamos em um regime militar, mas nós não tínhamos nada a ver com isso. Nós fomos lá e fizemos o nosso papel. Nunca nenhum governo ajudou nenhum campeão do mundo."
Carlos
Alberto Torres
*17/07/1.944
+25/10/2.016
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