domingo, 14 de dezembro de 2014

O único tri da história do Tigre!

Na postagem anterior destacamos a importância de se ganhar títulos e faturar campeonatos. Não abro mão de que, para um clube crescer precisa vencer competições e, assim, trazer pra si mais torcedores e simpatizantes. Pois a única vez que o Criciúma ganhou três competições de forma consecutiva foi em 1.991. Justamente o ano em que havia conquistado a Copa do Brasil. Relembrando um pouquinho a história até o tri-campeonato estadual daquele ano...antes, em 1.986, o primeiro título num hexagonal em que chegou na frente dos demais,  finalmente quebrando hegemonia do Joinville.

Mas, a primeira “leva” das três consecutivas foi em 1.989 com Levir Culpi no comando. Era um quadrangular e o Criciúma decidiu o título em casa contra o arquiinimigo e maior rival da época, o Joinville, treinado por Othon Valentim. O já falecido Adílson Gomes fez o gol do Criciúma e Moreno empatou para o JEC. O empate garantiu o campeonato para o Tigre. Time do Levir: Maizena; Sarandi, Wílson, Evandro e Itá; Roberto Cavalo, Palmito(Edevílson) e Grizzo; Adílson Gomes, Soares e Vanderlei(Jorge Veras). A segunda conquista do tri estadual veio em 1.990 já com João Francisco como técnico. A fórmula de disputa levou, de novo, Criciúma e Joinville a decidirem o quadrangular final. Isso foi em 12 de dezembro. Um gol assinalado por Vanderlei, no Heriberto Hülse, a 20 minutos do 2º tempo, deu outro catarinense ao Tigre. No Joinville, treinado por Borba Filho, feras como Nardela e João Carlos Maringá ainda atuavam. O Criciúma manteve a base da temporada anterior e “papou” mais um título: Alexandre; Sarandi, Wílson, Evandro e Itá; Roberto Cavalo, Gélson e Grizzo(Alaércio); Adílson Gomes, Soares e Vanderlei.

Pois, pra fechar a única vez em que conquistou 3 competições de forma consecutiva, chegamos a 91. Cheio de moral pelo fato de ter vencido invicto e surpreendentemente a Copa do Brasil daquele ano, o Criciúma estrearia no Estadual em Lages diante do Internacional. Casa cheia...e os “entendidos” da época cantavam aos quatro ventos que o Criciúma seria o trem pagador do Catarinense e que, se não houvesse nenhum imprevisto, ficaria com o título de forma legitima! Terminada a Copa do Brasil, Luiz Felipe Scolari...o técnico campeão, havia recebido proposta para trabalhar no mundo árabe. No primeiro jogo do certame regional, dirigentes e jogadores resolveram deixar que o experiente Sarandi ficasse no banco exercendo a função de treinador. Havia um entrosamento tão grande que o Criciúma “passeou” em campo: 4 a 1. Depois disso, o Criciúma trouxe o técnico Carbone e Sarandi voltou pra sua, na lateral. Campeonato de longa duração...Carbone saiu, assumiu Luiz Gonzaga Milioli e, já quase na reta final, veio Lori Sandri apenas pra dar o toque necessário e o Criciúma ser tri-campeão catarinense!
A foto, pelo que me consta, é do arquivo pessoal do próprio Émerson Almeida. Ele faz o gol do título estadual de 91 e sai pra comemorar.
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Time de 91...da final, depois de 3 jogos contra a Chapecoense, de Juarez Vilela, o 1º lá e os outros dois aqui: Alexandre; Sarandi, Vilmar, Wílson e Itá; Roberto Cavalo, Gélson e Grizzo (Émerson Almeida); Vanderlei, Soares(Adílson Gomes) e Jairo Lenzi. O araranguaense, ainda garoto, Émerson Almeida, fez o gol do título. Duas observações pra fechar a nostálgica postagem de hoje. Primeiro que, se o leitor notar, as escalações do Criciúma nas 3 conquistas aqui relembradas, são bem parecidas. Ou seja, a manutenção de um grupo extremamente dedicado e que sabia o que queria em campo...alguns dos fatores fundamentais para o sucesso do Criciúma daquela época. Segundo, quem buscar imagens do jogo decisivo de 91 vai notar que o estádio Heriberto Hülse já estava todo em obras que serviram como reformas para as disputas da Taça Libertadores de 1.992. Quanta saudade, hein?

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