Na postagem anterior destacamos a importância de se ganhar
títulos e faturar campeonatos. Não abro mão de que, para um clube crescer
precisa vencer competições e, assim, trazer pra si mais torcedores e
simpatizantes. Pois a única vez que o Criciúma ganhou três competições de forma
consecutiva foi em 1.991. Justamente o ano em que havia conquistado a Copa do
Brasil. Relembrando um pouquinho a história até o tri-campeonato estadual
daquele ano...antes, em 1.986, o primeiro título num hexagonal em que chegou na
frente dos demais, finalmente quebrando
hegemonia do Joinville.
Mas, a primeira “leva” das três consecutivas foi em 1.989
com Levir Culpi no comando. Era um quadrangular e o Criciúma decidiu o título
em casa contra o arquiinimigo e maior rival da época, o Joinville, treinado por
Othon Valentim. O já falecido Adílson Gomes fez o gol do Criciúma e Moreno
empatou para o JEC. O empate garantiu o campeonato para o Tigre. Time do Levir:
Maizena; Sarandi, Wílson, Evandro e Itá; Roberto Cavalo, Palmito(Edevílson) e
Grizzo; Adílson Gomes, Soares e Vanderlei(Jorge Veras). A segunda conquista do
tri estadual veio em 1.990 já com João Francisco como técnico. A fórmula de
disputa levou, de novo, Criciúma e Joinville a decidirem o quadrangular final.
Isso foi em 12 de dezembro. Um gol assinalado por Vanderlei, no Heriberto
Hülse, a 20 minutos do 2º tempo, deu outro catarinense ao Tigre. No Joinville,
treinado por Borba Filho, feras como Nardela e João Carlos Maringá ainda
atuavam. O Criciúma manteve a base da temporada anterior e “papou” mais um
título: Alexandre; Sarandi, Wílson, Evandro e Itá; Roberto Cavalo, Gélson e
Grizzo(Alaércio); Adílson Gomes, Soares e Vanderlei.
Pois, pra fechar a única vez em que conquistou 3 competições
de forma consecutiva, chegamos a 91. Cheio de moral pelo fato de ter vencido
invicto e surpreendentemente a Copa do Brasil daquele ano, o Criciúma estrearia
no Estadual em Lages diante do Internacional. Casa cheia...e os “entendidos” da
época cantavam aos quatro ventos que o Criciúma seria o trem pagador do
Catarinense e que, se não houvesse nenhum imprevisto, ficaria com o título de
forma legitima! Terminada a Copa do Brasil, Luiz Felipe Scolari...o técnico
campeão, havia recebido proposta para trabalhar no mundo árabe. No primeiro
jogo do certame regional, dirigentes e jogadores resolveram deixar que o
experiente Sarandi ficasse no banco exercendo a função de treinador. Havia um
entrosamento tão grande que o Criciúma “passeou” em campo: 4 a 1. Depois disso,
o Criciúma trouxe o técnico Carbone e Sarandi voltou pra sua, na lateral.
Campeonato de longa duração...Carbone saiu, assumiu Luiz Gonzaga Milioli e, já
quase na reta final, veio Lori Sandri apenas pra dar o toque necessário e o
Criciúma ser tri-campeão catarinense!
A foto, pelo que me consta, é do arquivo pessoal do próprio Émerson Almeida. Ele faz o gol do título estadual de 91 e sai pra comemorar.
.
Time de 91...da final, depois de 3 jogos contra a
Chapecoense, de Juarez Vilela, o 1º lá e os outros dois aqui: Alexandre;
Sarandi, Vilmar, Wílson e Itá; Roberto Cavalo, Gélson e Grizzo (Émerson
Almeida); Vanderlei, Soares(Adílson Gomes) e Jairo Lenzi. O araranguaense,
ainda garoto, Émerson Almeida, fez o gol do título. Duas observações pra fechar
a nostálgica postagem de hoje. Primeiro que, se o leitor notar, as escalações
do Criciúma nas 3 conquistas aqui relembradas, são bem parecidas. Ou seja, a
manutenção de um grupo extremamente dedicado e que sabia o que queria em
campo...alguns dos fatores fundamentais para o sucesso do Criciúma daquela
época. Segundo, quem buscar imagens do jogo decisivo de 91 vai notar que o
estádio Heriberto Hülse já estava todo em obras que serviram como reformas para
as disputas da Taça Libertadores de 1.992. Quanta saudade, hein?
Nenhum comentário:
Postar um comentário