quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Quem não tem passado não tem história pra contar!

Gosto de relembrar coisas de antigamente. Sou nostálgico assumido! E entendo que as vivências do que já se foi representam muito no “agora” e, de certa forma, alimentam o futuro. Ah...Gilberto, filosofando?? Nada! Não é minha praia! Mas aprecio muito as coisas que me proporcionaram aprendizado na vida...emocional, social e, claro, profissional! Por aqui...na minha terra, não tive oportunidade de ver o Metropol “deitar e rolar” nos adversários até a metade da década de 60. Aliás, vi o “Carneiro” jogar só duas vezes, ambas no estádio Heriberto Hülse. Uma na tal quebra do tabu...Comerciário 2 Metropol 1, depois de dez anos “correndo atrás”...e outra contra o Botafogo, pela então Taça Brasil de 68 que só acabou no ano seguinte com o time carioca campeão.

A história conta que o Metropol chegou à fase semifinal depois de eliminar Grêmio e Água Verde, este de Curitiba. O adversário, pra ver quem chegaria à final, o Botafogo, era treinado por Zagallo e tinha, entre outros no seu bom time, o craque Paulo Cesar Cajú. Quase dois anos depois disso, ambos seriam campeões do mundo, no México, com a Seleção Brasileira. O regulamento da época indicava uma melhor de três partidas. Pois bem...primeiro jogo lá no Rio de Janeiro, vitória dos cariocas por 6 a 1, dia 5 de dezembro de 1.968. A segunda partida foi aqui e não foi realizada no então estádio Euvaldo Lodi. A C. B. D., Confederação Brasileira de Desportos, substituída anos mais tarde pela C. B. F., entendeu que a acanhada casa do Metropol não oferecia condições nem segurança necessárias para um jogo semifinal de uma competição como a Taça Brasil. Resultado...o rival, mas co-irmão Comerciário E. C. emprestou seu Heriberto Hülse para a realização do prélio.

Foi a única vez que torci pro Metropol! Dia 8 de dezembro...68, grande público no Majestoso e renda de 43 mil cruzeiros novos. O representante criciumense ganhou por um a zero, gol de Toninho, na trave do hoje ginásio Colombo Sales, que nem existia na época...rsrs. Apitou o inesquecível jogo...Aírton Vieira de Morais, apelidado de “Sansão” por seu tipo físico e pela forma como se impunha perante os jogadores. Ele expulsou Afonsinho e Joel do Botafogo, além de Ortunho, do Metropol. O técnico do Metropol era João Carlos que mandou a campo Rubens(quanta saudade, hein?!); Vevé, Adaílton, Di , depois Cesar e Ortunho; Joel e Carbone(este mais tarde treinaria o Criciúma, inclusive); Márcio, depois Edson, Leocádio, Nilzo e Toninho. Já o Botafogo de Zagallo teve Cao; Moreira, Zé Carlos, depois Paulistinha, Dimas e Valtencir; Afonsinho e Carlos Roberto; Zequinha, Humberto, depois Lula, Ferretti e Paulo Cesar.

A Taça Brasil de 68 só prosseguiria na temporada seguinte com a realização do 3º jogo entre Metropol e Botafogo. O saldo de gols definiu que uma terceira partida fosse realizada no Maracanã só que em 2 de abril de 1.969. Bola rolando e, aos 14 minutos da segunda etapa caiu um temporal que impossibilitou a continuidade do jogo. O árbitro Armando Marques suspendeu tudo e o placar apontava 1 a 1. Sem qualquer definição para o que ocorreria posteriormente e ausente um regulamento avançado e detalhado como nos dias de hoje, o Metropol pegou o avião de volta e, na cabeça de seus dirigentes, aguardaria em Criciúma a marcação de novo confronto. De forma arbitrária, a C. B. D. programou para o dia seguinte. E isso aconteceu enquanto a delegação do Metropol estava no avião! Não havia mais tempo para voltar ao Rio de Janeiro e o Metropol foi considerado desistente do torneio. O Botafogo seguiu na disputa e, dia 4 de outubro de 1.969, mais de um ano depois de começar o torneio, ganhou a então Taça Brasil de 68, goleando o Fortaleza por 4 a 0. Então...como é bom recordar!!!

2 comentários:

  1. Meu Deus!!! Isso td tu lembras ou foi no google pai? Memória muito boa, admirável como sempre inclusive...
    E o Metropol foi desistente???? Como assim marcaram o jogo pro dia seguinte?? Eu iria ficar muito indignada se tivesse visto isso..
    rsrsrs
    Recordar, com certeza, é viver...
    Abração!

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  2. Ô filha, a grande maioria da postagem tenho na memória, sim. Mas, tb pesquisei algumas coisinhas pra completar detalhes. Obrigadão...bjão!

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