Na foto acima, Ademir Patrício e Zé Carlos. A “clicada” é de
5 de julho de 2.012. Naquela data o Criciúma se preparava pra jogar mais uma
partida do Campeonato Brasileiro onde, na mesma temporada, conseguiria o acesso
pra Série A. Tanto um como outro foram artilheiros. Aliás, Zé Carlos continua
deixando sua marca na atual disputa do Brasileirão da “B” com a camisa do CRB. Masss...como
o objetivo da postagem é relembrar e discorrer sobre coisas boas que marcaram
época...vou destacar primeiramente o “Pezão”! Sim...este ainda é o apelido de
Ademir Patrício que marcou mais de 70 gols em três temporadas jogando pelo
Comerciário, em 1.977; e, as outras duas com a camisa, ainda azul, do Criciúma
E. C.
Ah...por que “Pezão”? Os mais chegados ainda o chamam assim.
Antes de arriscar a vida no futebol profissional, Ademir jogava no time do
bairro São Marcos, em Criciúma. Certo dia, certo jogo...turma no vestiário e
não encontraram uma chuteira que servisse no pé de Ademir. Alguém gritou:
“Pô...que pezão, hein?!”. Gargalhada geral e “colou”: Ademir Pezão! Jogou em 28
times e, segundo suas próprias “contas”...não sabe quantos gols marcou na
carreira que durou de 1.973 a 1.995! Tenho na retina um jogo, em especial. Este
aconteceu em 15 de junho de 1.977, uma quarta-feira à tarde, pela 2ª fase do
Campeonato Estadual. Estádio Heriberto Hülse ainda sem iluminação...o
Comerciário aplicou uma das maiores goleadas da história do futebol
catarinense: 9 a 0 pra cima do Operário de Mafra com um gol de Dirceu, dois de
Laerte...ambos falecidos; e, SEIS de Ademir!! A camisa usada pelo Comerciário
naquela temporada está na foto abaixo que eu tive o prazer de entregar ao amigo
Otílio Paulo, da Casa Guido, para um leilão beneficente.
Pra quem gosta de lembranças e detalhes...o time base do
Comerciário naquele jogo teve Cabral, goleiro que veio do Santos e depois jogou
no Vasco e na Seleção Brasileira com o nome de Roberto Costa. A linha de defesa
tinha Lúcio, mora até hoje na Próspera; Otávio, gaúcho que veio pra cá e depois
que encerrou a carreira foi trabalhar em uma mina de carvão; Cláudio, zagueiro
também do RS; e, Valdeci...muito bom lateral que era carioca e também jogou no
Próspera...já falecido. No meio, atuavam Serrano, hoje morando em
Meleiro...problemas no joelho o impediram de maior sucesso na carreira;
Taquito, um mineiro que era ventríloquo; e, Doriva, meia de boa técnica que até
pouco tempo trabalhava em um posto de combustível. No ataque, além de Ademir
que era centroavante nato e está morando em Criciúma; tinha Serginho, ponta
hábil e rápido; além de Dirceu, que virou delegado depois que parou de jogar e
também já nos deixou!! O técnico era Joel Castro Flores.
E Zé Carlos? Ah...o Zé do Gol foi outro que deixou saudades!
Atuou em 80 jogos com a camisa do Criciúma, em 2.012 e 2.014, e fez 57 gols.
Artilheiro do mesmo estilo e com características parecidas em relação a Ademir
Patrício. A precisão nas finalizações ainda é sua principal virtude. Numa outra
época, situações diferentes...Zé Carlos também escreveu com letras maiúsculas
seu nome na história do Clube. Ambos sempre tiveram muita raça e elevado
espírito de luta!! Por sinal, qualidades raras observadas hoje em dia na grande
maioria dos atletas profissionais de futebol. Ademir e Zé Carlos...quantas e
tantas boas recordações, hein?!
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